Nas últimas semanas, a gastronomia tem sido alvo de grande importância no concelho. Creio este tema ser merecedor de uma reflexão, já que é uma das riquezas de Ribeira de Pena que deve ser aproveitada para o seu dezsenvolvimento.
Geralmente, quando se fala em gastronomia pensa-se na fruição de comida e no seu potencial turístico em detrimento da vertente cultural. Ao longo das últimas décadas têm-se desenvolvido certames regionais ligados a esta secção da etnografia, ocupando as feiras gastronómicas, que são várias na nossa região, um enorme crescimento caracterizado pelo grande sucesso. As confrarias são, também, cada vez mais.
Mas poucos são os estudos que resultam destas iniciativas, geralmente mais utilizadas para promoção turística. É evidente que o importante para a maior parte das pessoas é a degustação; no entanto, o estudo apresenta-se aqui como a base para a promoção do produto e o reconhecimento da sua qualidade (através da certificação). Desta forma, só depois de devidamente estudada a gastronomia possui todas as condições para poder servir como elemento de identidade regional e como factor de desenvolvimento local, já que, quando o conhecimento sobre os produtos é parco, permite lacunas e imprecisões que condicionam uma aposta credível.
A riqueza da gastronomia ribeirapenense é incontestável, apenas se encontra subaproveitada. A
Confraria Gastronómica dos Milhos surge como um motor de arranque para este aproveitamento. Poderá desenvolver os estudos necessários sobre a gastronomia ribeirapenense, conseguir a certificação de alguns produtos; poderá também incentivar uma melhor oferta dos restaurantes locais e promover a nossa gastronomia fora do concelho.
Isto é a cultura enquanto trunfo para o desenvolvimento regional. Num mundo globalizado, são as características peculiares das regiões que permitirão a manutenção da sua identidade e o seu desenvolvimento.
Já agora, deixo uma sondagem relativa ao tema convidando os leitores a participar.
