quarta-feira, 23 de junho de 2010

Novidades no Terras de Pena


Destaco algumas novidades do Terras de Pena.

Em primeiro lugar as páginas das Juntas de Freguesia de Cerva e de Santa Marinha, criadas recentemente, acessíveis também pelo Terras de Pena. Fica só a faltar a de Limões que ainda não tem página web.
Em segundo lugar, e culminando a divulgação do Roteiro Camiliano, o acesso às fichas de visita para quem quer visitar os locais ligados a Camilo Castelo Branco, directamente das recomendações.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Roteiro Camiliano em Ribeira de Pena - VIII


CASA DO BARROSO
INFORMAÇÃO

A Casa do Barroso, em Bragadas, é uma curiosidade da arquitectura rural do século XVIII. Inserida numa povoação situada a meio da encosta norte do Tâmega, fronteira do Barroso, marca uma nota dissonante pela qualidade da sua fábrica. De facto, a Casa do Barroso ostenta, num canto escondido , um magnífico portal em granito, brasonado, e virada a poente e a sul uma fachada com cantaria fina, envolvendo uma pedra de armas de grande dimensão, que encima uma escadaria incompleta.
Que a Casa do Barroso não viu o seu projecto concluído é óbvio para quem ali se desloca. Qual o motivo para a interrupção das obras, não é fácil hoje descobrir. O que é certo é que Camilo, que por ali deverá ter passado quando viveu em Friúme, escreveu um belíssimo conto a propósito da casa, que intitulou “História de uma Porta” e que pode ser lido no livro “Noites de Lamego”.

Em Bragadas, a história que Camilo escreveu “virou” verdade. O poder da construção de mitos inerente à criação dos bons escritores... Mas será bom saber que o brasão esculpido no portal e no cimo da escadaria da Casa do Barroso pertenceu a Domingos Francisco Pena de Carvalho, natural de Ribeira de Pena, que a ele teve direito por carta régia passada a 25 de Setembro de 1756.

Francisco Botelho

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sugestão para o Fim-de-semana


Amanhã, dia 19 de Junho pelas 21h30, terá lugar na Praça do Município o musical "José e o Deslumbrante Manto de Mil Cores", espectáculo promovido pela Câmara Municipal em colaboração com o Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena.

O espectáculo, além dos actores profissionais, conta ainda com a participação de crianças do concelho.
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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Roteiro Camiliano em Ribeira de Pena - VII


PONTE DE ARAME
INFORMAÇÃO

A Ponte de Arame, que liga a Ribeira a Santo Aleixo de Além-Tâmega, deverá ter sido construída no início do século XX. Há, pelo menos, testemunhos de que ela existiria já durante a primeira Guerra Mundial, e prestou serviço até aos nossos dias. Aliás, a sua utilização só passou a ser acessória a partir de 1963, ano em que se inaugurou a travessia do Tâmega através da bela ponte em arco de granito, construida cem metros acima. Hoje em dia é utilizada pelas populações ribeirinhas e motivo de curiosidade dos muitos visitantes, que nela encontram o encanto de outras eras.
Quando Camilo passou por Ribeira de Pena, a Ponte de Arame ainda não existia. A passagem do Tâmega fazia-se então através dos vaus, nas numerosas poldras e nos açudes e, sempre que o caudal era maior, nas barcas de fundo chato que transportavam pessoas, mercadorias e animais. Nos períodos invernais mais rigorosos, o rio era intransponível. Terá sido isso, aliás, que motivou as gentes da Ribeira e de Santo Aleixo a construir uma ponte pênsil que permitisse o trânsito de pessoas e bens ao longo de todo o ano.

E se a Ponte de Arame não é contemporânea de Camilo, ela é um local extremamente agradável para acompanhar a leitura de dois textos alusivos à travessia do Tâmega e escritos por Camilo. Um, através das poldras, figura na novela “Maria Moisés”. O outro, uma travessia de barca, é descrita no Sexto dos “Doze Casamentos Felizes”.

Francisco Botelho

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Roteiro Camiliano em Ribeira de Pena - VI



CAPELA DA GRANJA VELHA
INFORMAÇÃO

A Capela da Granja Velha, no lugar do mesmo nome, é um belo exemplar do barroco rural. Foi mandada edificar por um natural daquela povoação, emigrado no Brasil, de nome Lourenço Valadares Vieira, presbítero que exerceu no Brasil importantes cargos religiosos como o de Arcediago da Sé do Rio de Janeiro e Bispo do Pará.
Mandou edificar este templo na povoação da sua naturalidade para “homenagear os antepassados e para que a população tivesse um local condigno para assistir à missa”. Paralelamente a esta construção, estabeleceu um avultado donativo à Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz, em Braga, que tinha a obrigação de prover e sustentar capelão próprio para a capela.
Construída na primeira metade do século XVIII, esta Capela garantia uma das melhores tenças religiosas, sendo portanto cobiçado o seu lugar. Talvez isso justifique o facto de, na Granja Velha, existir em 1841 um padre de grande ilustração, com fama em toda a província, o padre Manuel Rodrigues, ou Manuel da Lixa, por ser natural da Lixa do Alvão.
A Capela possui uma fachada em que se destaca a pedra de armas do instituidor e, exteriormente, apresenta um pormenor insólito – o acesso lateral ao coro com balcão, tudo construído em granito. No interior possui um belíssimo altar em talha dourada, com um sacrário de grande qualidade e uma imagem da Senhora da Conceição, uma obra prima do barroco. O tecto do altar mor possui uma pintura ingénua, provavelmente do século XIX, também digna de nota.

Foi no lugar da Granja Velha que Camilo teve aulas com o padre-mestre Manuel Rodrigues.
A Capela da Granja Velha e o seu adro terão sido testemunhas de muitos dos momentos que Camilo passou em Ribeira de Pena.

Francisco Botelho

domingo, 6 de junho de 2010

Camilo Castelo Branco


Camilo Castelo Branco é uma figura imprescindível na história e cultura ribeirapenenses. A sua passagem por Ribeira de Pena foi efémera, em tenra idade e muitos anos antes de se concretizar como conhecido romancista. Foi o suficiente para ter aqui o seu primeiro casamento, a sua primeira filha, as suas primeiras aventuras plenas de liberdade. Ribeira de Pena deixou marcas que o escritor revelaria na sua vasta obra, sendo ainda hoje o maior divulgador desta terra à beira Tâmega.
Celebraram-se, no passado dia 1 de Junho, 120 anos da sua morte. Celebram-se também, ao longo deste ano, os 170 anos da sua vinda para Ribeira de Pena (que terá ocorrido cerca de 1840).

Para assinalar a data, o Terras de Pena deixa duas sugestões, de leitura e de visita:


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