Faleceu esta manhã o morgado da Casa de Santa Marinha, um dos maiores intervenientes no concelho e cujo legado Ribeira de Pena tem a agradecer.
“Ribeirapenense por opção e devoção”, como ele próprio se afirmava, Francisco Botelho era uma referência na área da cultura e do desenvolvimento, contribuindo ainda e muito para a divulgação do concelho. A sua intervenção passou pela política, pelo jornalismo, mas fundamentalmente pela cultura, intervenção dedicada e altruísta que fazia questão de desenvolver e que deixou os seus frutos: o Roteiro Camiliano, uma das maiores atracções culturais do concelho; a edição de várias obras dedicadas as Ribeira de Pena com a sua assinatura; o jornal Ecos da Ribeira e o Ribeira de Pena Online, verdadeiro jornal digital local; a criação do Centro Documental de Santa Marinha, de grande importância cultural para o concelho e a dinamização cultural que desenvolvia para o Município, apenas para citar alguns exemplos. Interessado interveniente nas reuniões da Assembleia Municipal (apenas como cidadão), ele foi, no nosso tempo, o maior divulgador do concelho e lançou as bases para o seu desenvolvimento cultural. Meu companheiro na Real Tertúlia de Pena, colega de trabalho e amigo, não posso deixar de o reconhecer como um Grande Ribeirapenense.
Tem já garantido um lugar na História do concelho e a melhor homenagem que lhe podemos fazer, pois sei é o que ele pretendia, é continuar o seu trabalho com a mesma dedicação e interesse.
Ribeira de Pena ficou mais pobre pelo homem que perdeu, mas também mais rica pela herança que ele deixou.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
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3 comentários:
subscrevo as tuas palavras Emanuel e acrescento que foi uma biblioteca que perdemos, pois quando se queria saber algo sobre o concelho, recorriamos a Ele e ele sabia tudo, ou quase tudo... também lamento esta perca, mas contra o nosso destino não podemos fazer nada senão aceitar e aprender a viver com elehumildemente e com inteligência.
Um abraço para ti e espero que um dia Ribeira de Pena lhe agradeça com uma homenagem. Para Ele um abraço eterno com admiração e estima.
Tive o privilégio de conviver com ele. Aprendi muitas coisas. Espero que o trabalho dele seja continuado por todos nós.Em Ribeira de Pena foi sempre muito incompreendido. Só damos importância às coisas e às pessoas quando as perdemos...
Um abraço deste teu amigo.
Descanse em paz
Somente hoje, quase um ano depois, eu soube da morte de um grande e inesquecível amigo. Sou brasileira e nos conhecemos em 1995, quando ele integrava uma comitiva que representava Ribeira de Pena em visita oficial a uma pequena cidadezinha do interior do estado da Bahia, com a qual Ribeira de Pena fez geminação: Santa Cruz Cabrália. Depois, no ano seguinte, nos reencontramos em Portugal, quando a mesma cidadezinha fez geminação com Felgueiras.
Conheci pouca pessoas tão cultas e tão apaixonadas pelo que faziam. Lamento profundamente ter perdido o contato por tanto tempo com meus amigos portugueses, sobretudo com o Francisco.
É com profunda tristeza que deixo aqui essas palavras, pois fiquei sabendo de sua morte ao tentar reencontrá-lo através da Internet. É triste demais dar-se conta de que nunca mais irei rever o meu amigo.
Francisco, mesmo que você não possa ler essa mensagem, quero declarar que eu lhe tinha profunda admiração e respeito. Com carinho,
Jurema Mazuhy Gertze
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