A Real Tertúlia de Pena gostaria de prestar homenagem pública ao companheiro e amigo Francisco Botelho, falecido no início do mês de Fevereiro. Além da perda irreparável de um amigo e de uma opinião muito importante para a reflexão que tem sido realizada por este grupo, os seus membros gostariam de destacar a enorme perda para o concelho de Ribeira de Pena. Herdeiro dos barões de Santa Marinha, que desde sempre tiveram um papel fundamental de intervenção no concelho, não pode ser esquecida toda a actividade e intervenção que ele desenvolveu na cultura e desenvolvimento do concelho, e que é hoje visível. A melhor forma de o homenagear é continuar o seu trabalho e, por isso, os seus companheiros tertúlios alertam para a importância de não se deixar toda essa actividade morrer com ele. Da parte da Real Tertúlia, continuaremos a reflexão construtiva de que o Ribeira de Pena precisa e que ele tanto prezava com todo o empenho.
Fruto dos últimos encontros, a Real Tertúlia de Pena gostaria ainda de partilhar uma reflexão pertinente e cuja concretização seria benéfica para o concelho.
Em 1918 um incêndio destruiu por completo o arquivo do Município, perdendo-se documentação histórica importante sobre o concelho e limitando o fundo histórico do Arquivo Municipal. No entanto, foi lembrada a situação de documentos pertencentes a várias casas senhoriais ou eruditas que, porque os herdeiros ou aquisidores lhe não dão valor, acabam deitados no lixo sem qualquer tratamento que preserve o seu conteúdo. Isto significa uma grande perda patrimonial para o concelho. Seria, por isso, de considerar a criação de um Arquivo Municipal com condições (materiais e humanas) que permitam acolher essa documentação ou, caso não seja possível, ter a possibilidade de a digitalizar, em consonância com o que vem acontecendo em vários concelhos por todo o país. Isto permitiria não só salvaguardar a memória documental do concelho como seria mais um passo importante para o seu desenvolvimento cultural.
realtertuliadepena@sapo.pt
sexta-feira, 7 de março de 2008
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1 comentário:
Mais vale tarde do que nunca! (Onde já ouvi isto?)
Fico contente por saber que estão finalmente interessados na preservação da memória colectiva. Nunca entendi como um município, com pergaminhos como os que tem Ribeira de Pena, ainda "dormisse" sobre um assunto deveras importante. Sabemos que ao longo dos séculos sempre existiram perdas documentais, por esta ou por aquela razão, mas, estamos sempre em tempo de conservar e até mesmo recuperar o que chegou até aos nossos dias.
Parabéns pela iniciativa. Desejo os maiores sucessos.
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